
Um peixe geneticamente modificado prestes a aparecer na mesa de jantar dos americanos. A Food and Drug Administration (FDA) deverá aprovar uma variedade geneticamente modificada (GM) do salmão do atlântico, que cresce duas vezes mais rápido que os selvagens, atingindo o peso de mercado em um ano e meio, em vez de três.
O peixe contém uma única cópia de uma sequência de DNA que inclui códigos do hormônio de crescimento do salmão-real. Considerando que o salmão do atlântico para de crescer normalmente no inverno, os peixes GM produzem hormônios de crescimento ao longo do ano inteiro. A AquaBounty Technologies, localizada em Waltham, Massachusetts, passou mais de uma década criando os peixes para aprovação em um novo cenário de regulamentação. Em 2009, a FDA decidiu classificar as características da GM em animais como medicamentos veterinários. Alguns criticaram essa decisão, uma vez que permite às empresas proteger alguns detalhes de seu produto do ponto de vista público.
Para apaziguar os críticos, a FDA publicou todas as informações por trás de sua decisão sobre a linha de salmão e divulgou muitas das deliberações de um órgão consultivo – o Comitê de Medicina Veterinária (VMAC) – para o público. Na próxima semana a VMAC vai realizar sessões públicas para ouvir sobre a ciência, segurança, impacto ambiental e rotulagem possível do peixe. O centro do FDA para a medicina veterinária, que decidirá sobre a aprovação depois de ouvido o VMAC, lançou um relatório favorável.
Alguns grupos ambientalistas temem que os peixes possam escapar de seus cativeiros e acasalar com o salmão selvagem do atlântico. "Sempre vai existir uma possibilidade de fuga", diz Peter Bridson, gerente de pesquisa da aquicultura no Monterey Bay Aquarium, na Califórnia.
Ronald Stotish, chefe do executivo da AquaBounty, diz que essas preocupações são equivocadas. Mais de 99% do seu salmão são triploides, o que os torna estéreis, e os peixes são cultivados no interior, em grandes tanques equipados com filtros e defletores para aprisionar ovos e esperma. "A possibilidade de uma fuga ou um evento com qualquer possibilidade de interagir com a população selvagem é ínfima", diz Stotish.
"Eles estão dispostos a correr riscos enormes para ter acesso aos alimentos", diz Mark Abrahams, biólogo da Universidade Memorial St. John\\'s, em Newfoundland, Canadá.
por Emma Marris
SCIENTIFIC AMERICAN Brasil
O peixe contém uma única cópia de uma sequência de DNA que inclui códigos do hormônio de crescimento do salmão-real. Considerando que o salmão do atlântico para de crescer normalmente no inverno, os peixes GM produzem hormônios de crescimento ao longo do ano inteiro. A AquaBounty Technologies, localizada em Waltham, Massachusetts, passou mais de uma década criando os peixes para aprovação em um novo cenário de regulamentação. Em 2009, a FDA decidiu classificar as características da GM em animais como medicamentos veterinários. Alguns criticaram essa decisão, uma vez que permite às empresas proteger alguns detalhes de seu produto do ponto de vista público.
Para apaziguar os críticos, a FDA publicou todas as informações por trás de sua decisão sobre a linha de salmão e divulgou muitas das deliberações de um órgão consultivo – o Comitê de Medicina Veterinária (VMAC) – para o público. Na próxima semana a VMAC vai realizar sessões públicas para ouvir sobre a ciência, segurança, impacto ambiental e rotulagem possível do peixe. O centro do FDA para a medicina veterinária, que decidirá sobre a aprovação depois de ouvido o VMAC, lançou um relatório favorável.
Alguns grupos ambientalistas temem que os peixes possam escapar de seus cativeiros e acasalar com o salmão selvagem do atlântico. "Sempre vai existir uma possibilidade de fuga", diz Peter Bridson, gerente de pesquisa da aquicultura no Monterey Bay Aquarium, na Califórnia.
Ronald Stotish, chefe do executivo da AquaBounty, diz que essas preocupações são equivocadas. Mais de 99% do seu salmão são triploides, o que os torna estéreis, e os peixes são cultivados no interior, em grandes tanques equipados com filtros e defletores para aprisionar ovos e esperma. "A possibilidade de uma fuga ou um evento com qualquer possibilidade de interagir com a população selvagem é ínfima", diz Stotish.
"Eles estão dispostos a correr riscos enormes para ter acesso aos alimentos", diz Mark Abrahams, biólogo da Universidade Memorial St. John\\'s, em Newfoundland, Canadá.
por Emma Marris
SCIENTIFIC AMERICAN Brasil
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